É uma terapia breve. Com,
aproximadamente, 10 a 12 sessões e que visa restabelecer o diálogo e clarear a
relação.
Como numa crise o diálogo
fica prejudicado e geralmente, acaba em briga ou recusa de um ouvir o outro, o
objetivo é dar voz a cada um e restabelecer a conversação.
Não são trabalhados conflitos
individuais dos parceiros e nem tem como objetivo separar ou unir o casal. É
feito um mapeamento da crise, das insatisfações de cada um dentro do vínculo,
para que o casal veja se, atrás de toda a crise, sobra vontade, desejo de
continuar a relação. Se o vínculo amoroso está preservado, o prognóstico é bom.
Para um projeto de vida
comum, do casal, há perdas e ganhos para ambos. Em alguns aspectos um cede, em
detrimento do outro. Tudo deve ser concordado e decidido em comum para dar
certo, para não haver frustrações e cobranças futuras.
Na vida de casal, não dá para
os dois parceiros fazerem tudo que almejam para si, pois há oportunidades,
desejos, momentos e interesses diferentes. Mas, no cômputo geral, ambos devem ficar
satisfeitos e terem consciência que fizeram conquistas em alguns setores,
tiveram vantagens em outras, e que abdicaram de muitas em detrimento do projeto
comum.
A traição (salvo em acordos
diferentes entre casais), geralmente é vista como algo inaceitável, que causa
sofrimento, perda da confiança no parceiro que traiu e que pode levar ao
rompimento da relação.
Sempre é assim? Não, pode
haver continuidade se houver vontade de ambos em permanecer na relação, se
ainda houver amor, se houver perdão e com o tempo, for restabelecida a
confiança.
Há sempre, por parte da
pessoa traída, sentimentos como raiva, tristeza, decepção, etc. Esses
sentimentos podem ser superados se houver um passado compensador, se a pessoa
traída sentir firmeza no arrependimento do parceiro e firmeza na sua intenção
em preservar a relação e se o amor não ficou seriamente danificado.
A confiança fica por um tempo
comprometida, visto que é algo que não se ganha, se conquista. Uma relação sem
confiança não se mantém por muito tempo e por isso, os parceiros, se quiserem
permanecer juntos, devem restabelecê-la.
O parceiro traído precisará
de um tempo para voltar a confiar. E o outro parceiro deve mostrar que é
confiável e compreender possíveis recaídas na falta de confiança. Aquele que
traiu deve saber que o parceiro levará um tempo para voltar a confiar.
Outro requesito indispensável
é o perdão. Fica muito difícil a continuidade da relação se a traição não puder
ser perdoada (não há qualquer conotação religiosa nesse perdão). É simplesmente
avaliar que você quer e que vale a pena continuar e assim, superar, botar uma
pedra em cima. Apesar de ao traído parecer injusto ser traído e, para a relação
poder continuar, ele não poder se vingar pagar na mesma moeda, etc., e sim
perdoar, é somente dessa forma que a relação tem chance de se manter.
Restabelecido o diálogo,
passa-se a outro aspecto importante:
Restabelecer O PROJETO DE
VIDA.
Sem um projeto de vida
(sonhos, aspirações, intenções, objetivos) comum, não há vida de casal que
valha a pena. Deve existir a concordância dos dois parceiros, senão, não há
possibilidade: tentar saber como fazer algo, que envolva vocês dois, para
clarear a situação atual e restabelecer o diálogo que, agora, está prejudicado.
Autor desconhecido
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