A MORTE DO PAI
O momento em que um pai morre é um dos mais complexos na vida de uma pessoa. Não importa quantos anos tenhamos ou quão bom ou ruim esse relacionamento tenha sido com o pai. Mesmo um pai distante ou ausente deixa um vazio profundo e uma série de sentimentos e emoções difíceis de processar.
Quando nosso pai morre, precisamos nos reposicionar mentalmente no mundo. Por um tempo, o lugar que ocupamos no planeta se torna um pouco difuso. Nós também temos que modificar nossa autopercepção. Sem o nosso pai, não somos iguais a antes.
Embora o habitual seja que tenhamos mais apego e proximidade com nossa mãe, a verdade é que o pai é uma figura que está sempre no horizonte. Mesmo quando não está lá, sua presença brilha no pano de fundo. É um guia e protetor, embora não o guie ou proteja. Nossa mente colocou nesse papel, mesmo sem perceber.
Somos nós quando temos um pai e outros quando nosso pai morre. Não importa se temos 30, 40 ou 50 anos no momento em que o evento ocorre. Enquanto nossos pais estão vivos, uma parte de nós continua a viver na infância. Nós sentimos que nossa vida é liderada por outro ser.
No momento da morte do pai, um pequeno terremoto ocorre em nossa identidade. Nós somos aqueles que lideram as gerações que nos seguem. Isso assusta e gera uma sensação de solidão.
De qualquer forma, essa perda certamente irá doer intensamente por um bom tempo. Ao longo dos meses e anos, será mais tolerável. O mais aconselhável é entender que o sofrimento puro e duro antes da morte do pai é uma fase perfeitamente normal. Podemos ter 50 anos, mas mesmo assim vai doer, vai nos assustar.
A psicóloga Jeanne Safer recomenda dedicar um tempo para refletir sobre o legado que nosso pai nos deixou. E faça basicamente cinco perguntas: o que eu recebi do meu pai? O que eu quero manter disso? O que eu quero descartar? O que eu me arrependo de não ter recebido? O que eu gostaria de dar e não dizer?
Tudo isso permite identificar onde estão as fraturas e vazios. Isso, por sua vez, ajuda a gerar estratégias para processar essas lacunas e interrupções. Quando nosso pai morre, novas veias de crescimento também se abrem. O mais inteligente é tirar vantagem deles.
Do original publicado no site https://lamenteesmaravillosa.com/
FASES DA VIDA
Todos os seres humanos são iguais do nascimento à morte. Na concepção dá-se a chegada da individualidade, o espírito que acompanhará o ser humano até sua morte física.
Na gestação o ser humano possui uma profunda ligação com a mãe e sente-se protegido para iniciar o seu desenvolvimento como ser humano.
No parto nasce o novo ser, o primeiro grito é a primeira manifestação audível de que “estou aqui”. Educação é autoeducação dos pais. A criança penetra num ambiente novo, tem que se acomodar a ele, aprender sobre esse mundo. Podemos considerar a infância da vida dos zero aos 21 anos.
0 – 7 anos
A criança comunga com o mundo. É permeável a tudo que a circunda. Os 3 primeiros anos de vida são a fase de maior aprendizado do ser humano.
Andar: verticalidade.
Falar: base de toda
comunicação.
Pensar:
Associação de ideias. Serão à base de todo desenvolvimento posterior. A criança
forma seu instrumento para melhor poder tocá-lo durante toda sua vida. Aos 3
anos a criança tem a primeira consciência do EU.
Percepções
sensoriais vão despertando a criança para o mundo. Estímulos adequados.
Importância do brincar e dos brinquedos. Essas impressões serão a base para
futura ligação com a Terra, com os reinos da natureza.
Até
mais ou menos 3 anos a criança leva tudo à boca para internalizar esse mundo
(interiorizar). Devem passar por estas vivências para se ambientar ao mundo.
Através da repetição, a criança aprende pelas vivências que ela tem. Não pelo
intelecto, e sim por imitação tendo vivências intensas e longas. O adulto dando
o exemplo e dessa forma a criança aprende os hábitos humanos, quer imitar o
mundo adulto.
O
mundo vem à criança através de seus sentidos e ela quer se orientar com sua motricidade. Quer conquistar tudo com
suas mãos e boca, com prazer inventar mil coisas para conquistar o espaço,
domínio do corpo.
Imitação:
Adultos como exemplo. Recriminação não adianta. Pais são exemplos, isso exige
autoeducação. A criança está totalmente aberta, o ambiente simplesmente a
permeia, inconscientemente imita o que percebe ao seu redor.
O
mundo é bom. Confiança e admiração no mundo e nas pessoas. Alimentação e sono
adequados à criança pequena.
Ritmo e rotina: harmonizam
a vontade.
Percepções
sensoriais vão despertando a criança para o mundo. Estímulos adequados.
Importância do brincar e dos brinquedos. Essas impressões serão a base para
futura ligação com a Terra, com os reinos da natureza. Contos de fada. Imitação,
os adultos como exemplo. Recriminação não adianta. Pais são exemplos, isso
exige autoeducação. A criança está totalmente aberta.
O mundo é bom.
Confiança e admiração no mundo e nas pessoas. Alimentação e sono adequados à
criança pequena. Ritmo e rotina:
harmonizam a vontade.
7 – 14 anos
Base
para o amadurecimento psicológico do indivíduo. Nova fase, a criança sai do
ambiente doméstico, familiar e vai para a escola grande. Começa uma
interiorização, não mais aquela entrega e abertura total com o ambiente, mas
uma vida interior mais intensa, troca maior com o ambiente, como um grande
respirar: interiorização/exteriorização. Não só ar, mas o mundo inteiro ao seu
redor.
Autoridade amada:
elemento mágico da educação. Uma postura de autoridade com amor, a criança quer
ser orientada, quer admirar o mundo adulto. Busca de identificação.
Atitude
básica a ser cultivada nesse setênio: devoção e veneração. Uma atitude
“religiosa” perante os reinos da natureza.
Aos 9 anos: vivência do EU no nível do sentir.
Autoridade
amada: elemento mágico da educação. Uma postura de autoridade com amor, a
criança quer ser orientada, quer admirar o mundo adulto. Busca de
identificação.
Através
da arte a criança abre os olhos para o mundo, é belo. Nesta fase se fundamentam
os costumes e hábitos (alimentares, higiênicos, oração). Leitura de biografias
de grandes mestres da humanidade, que inspirem confiança na vida, modelos nos
quais possamos nos basear.
14 – 21 anos
Fase
do amadurecimento social do indivíduo. Puberdade como o limiar, até então o ser
humano é mais cósmico e espontaneamente ligado à natureza. Agora se liga
profundamente à terra, torna-se um cidadão terreno, capaz de atuar na sociedade
- viver seu destino.
Fase
de grandes desafios. Transformações internas, corpo em transformação.
Descoberta da diferença entre os sexos. Ficar só e me encontrar no grupo (como
num movimento respiratório). Fase social: onde abro mão de minhas coisas porque
o grupo é mais importante (renúncia), muito emotivo.
O mundo é verdadeiro.
Verdade, o jovem aberto e perspicaz. Busca diferenciar o que é verdade do que é
ilusão. Formação ideológica do indivíduo.
Altos e baixos: Fase
de turbulências. Busca a veracidade, honestidade, o autêntico. Fase de muitas
dúvidas. O jovem quer compreender e não só armazenar conhecimentos.
Drogas:
Fuga. O indivíduo querendo voltar àquela situação paradisíaca em que “eu e o
mundo” somos um só.
21 anos:
Crise de identidade, maioridade. Muitos jovens precisam se libertar da imagem
dos pais para conseguirem serem eles mesmos, às vezes com conflitos. Nova fase
no relacionamento com os pais. O diálogo de igual para igual torna-se
necessário, mas como ainda não há a maturidade total dos 21 anos, a liberdade
que os jovens exigem nessa fase deve entrar gradativamente e ser balanceada
pela responsabilidade.
Acompanhar
como um bom amigo (juntos conquistar algo novo). Fazê-los sentir que são livres
(liberdade com responsabilidade).
Levar
o jovem a sério, levar o jovem à atividade (tomar parte na sociedade), não dar
ênfase ao materialismo, busca da espiritualidade.
Dias
de hoje o jovem em geral não esta nem aí (caos). Não é fácil encontrar-se. Esta
procurando a si mesmo. Quem sou? De onde venho? Qual minha tarefa no mundo?
Pais
apressados, angustiados, devem trabalhar profundamente a calma, e assim colher
frutos maduros.
Princípio educativo:
liberdade x responsabilidade (liberdade externa e liberdade interna, respeito
pelo jovem).
Ajudar
o jovem a perceber o sentimento. Estou aqui e com minha potencialidade posso
modificar o mundo. Tomar a vida nas próprias mãos.
Sociedade atual:
distração, sofrer é bobo, pressa, superficial. Vazio em relação ao sentido da
vida. Paralisia da vontade, inanição da alma.
Vontade
não é palpável, semente de algo: futuro.
Simpatia + vontade:
atino.
Antigamente,
não era tão explicado e sim contado através de imagens.
E a
força da vontade, preservação, vida.
Planejar como realizar:
qual proposta de vida.
Apoio terapêutico:
ajuda na busca do silêncio interior.