Carretéis de linhas coloridas,
agulhas, fitas de cetim, fios de lã... tesouras e cordões, barbantes e um cesto
com macia lã de carneiro, todo esse material será utilizado na confecção de um
boneco.O objetivo é criar uma extensão minha, um outro eu, uma imagem de um bebê, que será
analisado durante e após esse processo terapêutico, conduzido sob os preceitos
da Antroposofia.
O boneco é um instrumento de autoconhecimento,
sua finalidade é uma estratégia para ajudar o paciente em seu mergulho interior
e nessa descontração que proporciona, no atuar das mãos com esse objetivo,
montar o boneco torna-se curativo. Por isso nossos bonecos devem ser duráveis e
resistentes, e nós precisamos ser flexíveis e tolerantes conosco e com nossos
relacionamentos.
A
montagem do boneco segue os mesmos passos da formação do embrião dentro do
útero materno, a partir da coluna vertebral representada por um arame e irei
estruturar a cabeça, moldando a lã de carneiro desfiada. Podemos refletir sobre
o lugar que ocupa no corpo humano, no alto, onde tudo percebe e comanda a sede
de nossos pensamentos.
Uma das vantagens desse método é que
leva apenas um ano, tempo relativamente curto se comparado com o das terapias
convencionais. Mesmo nos momentos críticos, quando são tratados temas difíceis
, o boneco poderá ajudar a fazer essa
abordagem de uma forma mais suave, com essa força do elemento lúdico.
A reconstrução da personalidade,
através da montagem de um boneco, faz com que a pessoa, na prática, mude suas
atitudes. E ao levar o produto de seu trabalho para casa, o paciente terá
sempre ao alcance dos olhos uma referência de tudo que foi refletido e discutido
durante o processo terapêutico.